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quarta-feira, 18 de março de 2009

PROGRAMA DE CONTROLE DA TUBERCULOSE - Vigilantes da Tosse 18/03/2009

PROGRAMA DE CONTROLE DA TUBERCULOSE

Os “Vigilantes da Tosse” da equipe do Programa de Controle da Tuberculose de Taguatinga vão realizar, no próximo dia 24 de março, atividades para lembrar o Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose. As ações ocorrerão na Rodoviária de Taguatinga, das 9h às 17h. Os profissionais atenderão as pessoas que apresentarem sintomas sugestivos da doença, como tosse há mais de três semanas. Além disso, haverá sensibilização quanto à necessidade de investigar os sintomas da tosse prolongada e será distribuído material educativo. Os casos suspeitos serão agendados para consulta no ambulatório do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). O Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose também será lembrado com ações  na Rodoviária do Plano Piloto, com a participação de profissionais do  HRT.

Com o Dia Mundial de luta contra a tuberculose se aproximando, os coordenadores dos programas de controle da tuberculose, o PCT, de todas as cidades do Distrito Federal, contam cada vez mais com os esses vigilantes da tosse. São pessoas de qualquer profissão que tenham conhecimento suficiente, para dizer a um amigo ou vizinho que está tossindo há mais de três semanas, que procure o centro de saúde para um exame.

A idéia dos vigilantes da tosse partiu de Alan Eurípedes, coordenador de controle da tuberculose na Ceilândia, irmão do tisiologista Alan Kardec, coordenador do programa de controle da tuberculose em Brasília. O vigilante da tosse é qualquer pessoa atenta para informar e encaminhar um paciente a uma unidade de saúde. Qualquer pessoa que souber identificar no paciente que está com tosse por mais de três semanas e com secreção, então já faz parte da equipe dos vigilantes da tosse.

O Ministério da Saúde revelou que 16 em cada 100 mil habitantes do Distrito Federal têm tuberculose. A incidência diminuiu consideravelmente, na década de 1990, a proporção era de 25 casos para 100 mil pessoas. A maior quantidade numérica de casos com tuberculose concentra-se entre o adulto jovem, de 20 a 49 anos. Do total dos doentes infectados, 62,5% estão nesta idade produtiva. De cada 100 pessoas que são examinadas, 96 não são tuberculosos. E o índice de cura no DF é de 85% e atinge o número estipulado do Ministério da Saúde.

Alan Kardec diz que a ajuda para o controle da tuberculose vem de muitos lados. “O Ministério da Saúde dá o apoio para todo o país. No DF, além da secretaria de saúde, nós temos também o de incentivo da ONG Damien, da Bélgica, que também ajuda Goiás e Salvador”. Alan também conseguiu 200 cestas básicas para os pacientes com tuberculose. “É pouco, mas é um apoio para que o paciente carente, que está desempregado e que está transmitindo a tuberculose e está em tratamento, se mantenha”.

A tuberculose é uma doença causada por um micróbio chamado bacilo de Koch. Ataca principalmente os pulmões e, quando não tratada, torna-se uma enfermidade grave. Ela tem cura, o tratamento dura seis meses e os remédios são fornecidos nas Unidades de Saúde da SES/DF. A medicação é gratuita e deve ser tomada rigorosamente para que a cura seja garantida. Não é necessário o isolamento do doente. Algumas medidas ajudam a evitar a doença: vacinar as crianças com BCG ao nascer; arejar a casa para permitir a entrada do sol; alimentar-se de forma saudável e à base de proteína e levar as pessoas que moram com doentes para serem examinadas.



 A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa grave, sorrateira e lenta que engana a comunidade e a equipe de saúde, por se tratar de uma simples tosse a pessoa pensa que não precisa ser investigada. Não se contrai tuberculose com um aperto de mão ou um abraço. A pessoa sadia tem que ter mais de 100 horas de contato com alguém doente. A forma de contágio é pelo ar que as pessoas respiram. Quando os doentes tossem, espirram, falam ou até mesmo cantam, espalham pelo ar o bacilo que os sadios vão respirar.



Os sintomas da tuberculose são tosse por mais de três semanas, hiporexia (diminuição do apetite), anorexia (falta de apetite), dores no peito, perda de peso, febre baixa, principalmente no final da tarde e sudorese à noite. Depois de três semanas de tratamento não há mais risco de contaminar outras pessoas.

O programa de controle a tuberculose, o PCT, apresenta profissionais treinados e eficientes que atuam em todo o DF. Para Alan Kardec o PCT trás um saldo positivo. “Antigamente quando se falava em sangramento no escarro, a pessoa já estava com tuberculose, hoje não acontece mais. Primeiro pelo fortalecimento das equipes de controle da tuberculose e segundo por conta da educação da nossa população, quanto mais a pessoa souber que tosse prolongada tem que ser investigada, estará salvando vidas”.









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Fhran Miranda

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terça-feira, 10 de março de 2009

FIM DO VOTO SECRETO - Câmara dos Deputados Brasília - DF 10/03/2009








Está de volta a emenda constitucional que quer acabar com o voto secreto em plenário. Proposta em 2001, a tramitação pela câmara tem sido lenta e agora é comandada pelo Movimento pela Transparência, o MPT, um grupo de deputados e senadores, que se uniram para fazer avançar as iniciativas contra a impunidade política, onde a principal missão do MPT é levar a emenda à votação na Câmara, em segundo turno, até mesmo para cassação de mandatos. 
O voto secreto deve permanecer uma prerrogativa exclusiva do representado, e não mais do representante. É o eleitor que precisa se resguardar ao escolher, com intimidade seu parlamentar. Mas o cidadão que vota tem o direito de saber se quem foi eleito por ele age de acordo com o programa que apresentou na campanha eleitoral e com o interesse público. O fim do voto secreto vai fortalecer os dois, pois o eleitor vai reforçar seu respeito e apoio ao parlamentar, e este vai ter cada vez mais o respaldo daquele ao seguir o figurino de conduta legislativa ratificado nas urnas. 

O voto secreto no Parlamento tem origem histórica nas grandes lutas pela liberdade. Surgiu na Inglaterra, no século 17, como proteção do parlamentar contra pressões da monarquia. Foi especialmente oportuno em regimes autoritários, quando a independência de um deputado poderia custar-lhe o mandato ou a perseguição do Executivo. 
No Brasil, foi adotado já na Constituição de 1824, que admitiu sessões secretas impostas pelo "bem do Estado". Sofreu vaivéns, mas, enfim, se enraizou no arcabouço jurídico com o Código Eleitoral de 1932. Chegou aos nossos tempos como exceção, pois, hoje, a maioria das votações no Congresso são públicas. Mesmo medidas duras ou impopulares, como a criação de impostos, são votadas em painel aberto.
A emenda foi criada pelo Deputado federal Luiz Antonio Fleury Filho (PTB-SP) em 2001. Na própria Câmara, funciona a Frente Parlamentar pelo Fim do Voto Secreto, já com mais de 200 integrantes. E com a criação do MPT esse número cresce ainda mais.
Entre o que foi discutido e decidido no encontro do MPT estão algumas estratégias: A cobrança não ficará restrita ao Legislativo. Decidiu-se estender a briga por mais transparência também ao Executivo (União, Estados e municípios) e ao Judiciário; Planeja-se, por exemplo, realizar debates em universidades. De novo, tenta-se envolver a sociedade, instando-a a participar da pressão por mudanças; A frente vai dispor também de um sítio na internet. Uma forma de difundir suas propostas e, simultaneamente, recolher sugestões da sociedade. Essas entre outras decisões estão na genda de cada parlamentar, que almejam crescer cada vez mais com o grupo do MPT.
Vasconcelos afirmou que boa parte do seu partido é corrupta. O senador classificou a eleição do peemedebista José Sarney (AP) à presidência do Senado como um "completo retrocesso", e disse que o novo líder do PMDB na Casa, Renan Calheiros (AL), não tem "nenhuma condição moral ou política para ser senador, quanto mais para liderar qualquer partido
O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) reiterou as críticas que fez ao PMDB, mas evitou apresentar documentos que comprovem as acusações. Já o presidente da Câmara e do PMDB, deputado Michel Temer (SP), descartou abertura de um processo de expulsão do correligionário.
O peemedebista dissidente descartou a possibilidade de deixar o PMDB. "Eu não vou sair do partido, e não acredito em processo de expulsão." "Quem vai para um episódio desses como eu fui tem que saber das conseqüências, tem que estar preparado e ter a dimensão suficiente de que foram feitas graves acusações", afirmou o senador.
 A extinção do voto secreto nas decisões da Câmara e do Senado, proposta pelo deputado Fleury, foi aprovada em primeiro turno pelos deputados, em setembro de 2006 na Comissão Especial da Câmara. Porém a emenda foi abandonada. Para o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) a emenda nunca foi abandonada. “Nunca abandonamos a emenda do voto aberto, apenas ela deixou de ser tramitada pela Câmara, enquanto isso nós estávamos em apuração”. O deputado diz ainda que o movimento pela transparência, apenas é uma extensão do que até então eles tem feito desde 2001, e que em 2006 a emenda foi votada por unanimidade, gerando 3.260 votos.
A primeira reunião do movimento aconteceu na noite desta terça-feira dia 03 de Março de 2009 e contou com a participação de 27 deputados e dois senadores de sete partidos, entre governistas oposicionistas. Entre eles o Senador Jarbas Vasconcelos, autor de denúncias contra a postura do próprio partido o PMDB, estiveram reunidos no apartamento do deputado Arnaldo Jardim em São Paulo, para lançar o Movimento pela Transparência. "Esse movimento tem como objetivo combater a corrupção endêmica, que se alastrou pelo Executivo, Legislativo e do Judiciário. De ações efetivas, num primeiro momento, destacamos a disposição de tornar obrigatório o voto aberto em todas as votações no Congresso Nacional e de estabelecer o financiamento público de campanha", destaca o deputado Arnaldo Jardim. 

Agora a emenda precisa ser aprovada em dois turnos na Câmara e depois submetida ao Senado, isso acontece por que houve alteração na Constituição. Ao divulgar todos os votos, o Congresso dará mais um passo na direção da transparência plena que, o povo espera, seja seguido por outras instituições, corporações e movimentos ainda cobertos pelo segredo.

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Fhran Miranda

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quarta-feira, 4 de março de 2009

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL LOBO GUARÁ

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL LOBO GUARÁ 



Criado em setembro de 2003 pela Companhia de Polícia Militar Ambiental (CPMA), o Programa de Educação Ambiental Lobo Guará, “o Guardião do Cerrado”, é adorado por muitas crianças, porém a produção teatral infelizmente é bastante precária. Os próprios policiais atuam e produzem a peça teatral Lobo Guará, com um roteiro feito pelos policiais antigos. A cenografia é bem simples: um banner representando a floresta, uma árvore de madeira reciclada e uma fogueirinha. Para a sonoplastia, usam um CD com músicas que eles mesmos fizeram. Com o figurino, usam as próprias roupas e fardas. Toda a produção é feita pelos próprios PMS e com o próprio dinheiro compram os adereços. 

A proposta da Polícia Militar é ampliar a produção para as apresentações. “Pretendemos usar microfones de lapela nas apresentações, para as crianças ouvirem melhor a peça, novos banners, mais figurinos, um reto- projetor, porém o Programa Lobo Guará depende das esferas administrativas da PM e espera as licitações para liberarem as verbas”. Afirma o Coordenador do Grupo Sargento.

Em 2007, houve a transição do programa saindo da Polícia Ambiental e passando para a Polícia Militar. A coordenação do programa é feita pelo Centro de Polícia Comunitária e Ações Sociais (CPCAS). Além do Programa Lobo Guará, o CPCAS coordena também o PROERD (batalhão escolar anti-drogas) e o Teatro Rodovia (batalhão de trânsito), ambos também da Polícia Militar. 

A intenção maior da Polícia Militar é a aplicação da Lei 9.795/99, que trata da Política Nacional Ambiental, com uma estrutura educativa realizada por meio de palestras, oficinas, visitação ao Museu Ambiental e aos animais apreendidos expostos no cativeiro da Companhia de Polícia Ambiental do DF. Porém, o ponto de maior expectativa e euforia para as crianças é realmente a apresentação do teatro em que os alunos interagem com os atores, onde o tema principal da peça é o tráfico ilícito de animais silvestres.
O maior objetivo da Polícia Militar com o Programa Lobo Guará é promover a educação ambiental para a preservação da fauna, flora e dos ambientes naturais e urbanos, entre crianças de 1ª a 4ª séries, com idades de 6 a 11 anos.    
                                  
O teatro Lobo Guará percorre todas as escolas públicas e particulares do Distrito Federal, mas também visita igrejas, parques ecológicos, shoppings e órgãos do GDF. A divulgação da companhia é feita no boca-a-boca, ou seja, a escola divulga para a outra escola e assim o Lobo Guará e sua turma são requisitadíssimos pela criançada. 

As crianças têm a oportunidade de vivenciar as problemáticas ambientais causadas pelo uso indiscriminado dos recursos naturais, passando a refletir sobre a sua importância na contenção dos crimes ambientais, visando sempre a mudança de hábitos para uma melhor qualidade de vida. 

Marcus Vinícius 9 anos, está na 3ª série da Escola Classe 01 de Sobradinho e adorou a Companhia Teatral. “Nossa, eu nunca vi nada igual. Foi tão divertido ver os policiais fantasiados, mesmo porque eu tinha medo dos policiais, mas agora não vou ter mais. Eles são tão legais e engraçados”. Marcus Vinícius ainda aprendeu a principal lição da apresentação. “Gostei muito do que eles falaram pra gente não maltratar os animais silvestres e preservar o nosso planeta”.

Atualmente o coordenador do grupo é o Sargento Leandro, a soldado Katilene comanda as palestras e agenda o teatro. A companhia teatral Lobo Guará fica por conta do Cabo Frazão (Medroso), Soldado Ludmila (Corajoso), Cabo Aarão (Zé da onça), Soldado Maendli (Tião Pescador) e do Cabo João Batista (Lobo Guará). A equipe de produção é comandada pelo Soldado Marcelo (sonoplastia), Soldado W. Campos (assistente de produção), Soldado Parrini (atua/ assintente de produção) e Cabo Aurimar (motorista). Toda a equipe da Polícia Militar participa com muito entusiasmo e emoção do teatro Lobo Guará, o retorno desse trabalho se encontra nos sorrisos das milhares de crianças, que se divertem e aprendem vendo o Lobo Guará e sua turma dando uma lição sobre o meio ambiente.


De 2003 até esse ano o grupo já se apresentou para mais de 50 mil pessoas em todo o Distrito Federal. O Programa de Educação Ambiental Lobo Guará, “o Guardião do Cerrado” disponibiliza de um Blog para contatos: teatroloboguara.blospot.com e o agendamento da peça teatral é feito pela soldado Katilene no email: katilenenk@gmail.com e nos telefones 9222-2726 ou 3445-2302.  
 

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