Aprender brincando. Isso é que promete o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal. Uma forma criativa de ensinar as principais noções de cidadania, técnicas e treinamentos dos bombeiros e muito mais a crianças em idade escolar.

O Tenente Coronel Rogério Santos é o chefe da comunicação do Quartel dos Bombeiros em Brasília. “A iniciativa do programa partiu de um Sargento e sua esposa também bombeiro, que não tinham onde deixar o seu filho e o levavam para o quartel do Gama. Tiveram a partir daí a idéia de criar um espaço para as crianças, dentro do Corpo de Bombeiros em 1986, além se divertirem, aprenderem com os bombeiros”, diz o coronel. O programa já completou 23 anos de existência, passando por lá quase 2.000 mil crianças anualmente. Somente do Quartel do Gama estão matriculadas 250 crianças essa é a média anual (100 no período matutino e 150 no período vespertino).
Mauro Sérgio Costa é sargento do corpo de bombeiros há 15 anos. Trabalhou 14 anos prestando socorro nas ruas e desde outubro do ano passado está na área de ensino e instrução. Mauro Sérgio fez o curso de bombeiro mirim em 1986 quando tinha 13 anos de idade. “Foi graças ao programa bombeiro mirim, que eu me tornei um bombeiro de verdade”. Sargento Mauro relembra uma curiosidade. “Quando tinha 13 anos tinha acabado de ser dispensado do curso e estava acontecendo um incêndio numa fábrica de pneus. Eu e mais outro colega já tínhamos conhecimento de combate a incêndio e pegamos o extintor e apagamos o fogo.”

Para incentivar os brigadinos há promoções semelhantes às dos bombeiros militares como, por exemplo, sargento mirim, cabo mirim e soldado mirim de acordo com o desempenho de cada um.
Francisco das Chagas foi bombeiro mirim em 1996 quando tinha sete anos. Quando completou catorze anos, os bombeiros gostaram tanto do seu desempenho que o convidaram a ser instrutor do curso de bombeiro mirim. Francisco hoje com 21 anos. “ “Todo mundo me conhece como Chiquinho Bombeiro na minha rua, e eu fico atento quando vejo algum carro dos bombeiros passarem”. Francisco é instrutor há sete anos no quartel do Gama. “Eu vi uma fumaça numa marcenaria e o pessoal da minha rua me chamou. Eu não tinha material adequado para apagar o fogo foi aí que me lembrei da dica de um bombeiro, que me ensinou a usar a cabeça. Foi aí que eu quebrei todos os canos de água da marcenaria que jorrou água e com ajuda de um tapete eu consegui a apagar o fogo”, esclarece Francisco. (9169-9875/ 3384-5344)

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