Muitos querem ser, mas poucos nascem com o talento e a verdadeira vocação arraigada. O amor entranhável à comunicação, é um amor íntimo, que vem de dentro, do ponto mais profundo do meu ser. Ultrapassa o que se aprende apenas na vida acadêmica. É dom divino! Nasci com ele. Mais que uma simples jornalista, radialista. Tenho compromisso fundamental com a verdade no relato dos fatos. E a forma humana, profissional e inteligente na correta transmissão da informação. Assim é o exercício da profissão. Uma atividade de natureza social, estando sempre subordinado ao presente Código de Ética. Assim sou eu, uma sensível e diferenciada formadora de opinião!
O início das descobertas
Me chamo Fhran Miranda, sou comunicóloga, radialista, jornalista comemorando 17 anos de uma longa estrada. Desde muito pequena tive indícios que me levariam para a área de comunicação. Parte da minha infância fui uma criança tímida, calada e super quieta até os 12 anos. Logo após a separação dos meus pais, esse comportamento passou a ser contrário. Aprendi e ainda continuo aprendendo, que as mazelas da vida, temos que tirar algo bom e proveitoso. Consegui reverter (mesmo inconscientemente) essa tragédia. Passei a ser mais falante, descontraída e descobri que fazia as pessoas rirem naturalmente.
Uma atividade foi desencadeando outra. Iniciei no teatro ainda na infância, em peças na minha escola. E levei até a fase adulta com cursos profissionais de atriz. Aos 14 anos descobri o som e a potencialidade da minha voz. Cantei em público pela primeira vez num festival escolar de música inglesa. Lembro-me até hoje a canção. Guns N'Roses - Patience. Com os elogios e aplausos, adentrei de vez em corais, grupos, bandas e me especializei em cantar em missas da igreja católica e em casamentos. Fiz diversos cursos de voz, violão e aprendi a tocar instrumentos de percussão. Até cheguei a pensar em seguir adiante. Participei de alguns festivais e concursos, alguns deles à nível nacional. Mas não pude seguir com essa pretensão. Preferi ficar no amadorismo.
E da voz, veio o rádio. De tanto que elogiavam o timbre da minha voz, de tanto que recebia incentivos para trabalhar com isso, resolvi então apostar. Aos 20 anos fiz meu primeiro curso de Rádio e Televisão. O resultado? Simplesmente: ME ENCONTREI! Nascia ali minha primeira paixão! O RÁDIO. Logo em seguida surgiu o complemento dessa paixonite crônica, o amor à TELEVISÃO. E até hoje é esse sentimento que carrego do lado esquerdo do peito, dentro do coração, assim falava a canção.
Muitos são os escolhidos, poucos os vocacionados
O carisma da vocação é simples assim. Ou você nasce com ou sem ela. Os que não nascem podem até se tornar um. Mas logo pagam pelo preço. Se deturpam pelo modismo da arrogância (SIM! APRENDE-SE SER ASSIM DESDE A FACULDADE), e denigrem a profissão. Agem com impaciência, arrogância, muitos são soberbos, prepotentes e acham-se artistas. Afinal, aparecem na mídia A ou B. Na rádio ou na TV. Que demodê!
Para os hipócritas não é qualquer um que pode ter sua amizade, tampouco lhe dirigir a palavra. Como diria os antigos. Possuem um "rei na barriga". O verdadeiro jornalista que nasce vocacionado a sua profissão, jamais (JAMAIS!), irá destratar um colega, entrevistado, fã, ou qualquer ser humano, em troca de ter êxito numa reportagem por exemplo. Em troca de fontes ou de favores. É apaixonado pelo que faz e não precisa pisar em ninguém. Não precisa se vender em troca de uma vaga de emprego. Não é um "uruca" (sugador de vantagens). Termo usado pelo meu saudoso professor de RTV, Fernando. Sempre dizia que eu era a aluna número 1 dele (risos).
O bom jornalista não chega onde chega, humilhando, menosprezando, ou "puxando o tapete" dos coleguinhas. Este foi e é capaz de galgar os degraus de uma carreira, apenas com o próprio talento. E cedo ou tarde, irá colher o seu plantio. Frutos de um bom relacionamento com os seus, o reconhecimento profissional e a plena certeza do dom que veio dos céus. Somente um verdadeiro jornalista, revestido de caráter, e dotado de raízes virtuosas (ensinadas pela família durante a infância), saberá calçar as sandálias da humildade. Só assim gozará de todo esforço, luta, dedicação e consequentemente virá o sucesso!
Malcolm X e o jornalismo opressor
Al Hajj Malik Al-Shabazz, ou simplesmente Malcolm X (1925-1965), foi político e um dos maiores defensores do Nacionalismo Negro nos Estados Unidos. Defensor dos direitos dos afro-americanos, conseguiu mobilizar brancos e negros na conscientização sobre os crimes cometidos contra a população afro-americana. No que se refere ao jornalismo, Malcolm X afirmava que “se você não cuidar, os jornais farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo”.
Infelizmente é o que vemos em algumas informações repassadas à massa. A inversão de valores de que falava Malcolm X. E o pior, é ver colegas jornalistas ganhando espaço e notoriedade, com o vergonhoso jornalismo sensacionalista e difamador. Ver esse tipo de "jornalista" me enoja. Tenho certeza que toda uma sociedade também. E não é isso que se aprende, academicamente falando. Não é isso que esta mesma sociedade espera de nós. Não é isso que o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros diz no Capítulo II - Da conduta profissional do jornalista nos artigos 4° e 6°.
Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros
Capítulo II - Da conduta profissional do jornalista
Art. 4º O compromisso fundamental do jornalista é com a verdade no relato dos fatos, deve pautar seu trabalho na precisa apuração dos acontecimentos e na sua correta divulgação.
Art. 6º É dever do jornalista:
I - opor-se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão, bem como defender os princípios expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos;
II - divulgar os fatos e as informações de interesse público;
III - lutar pela liberdade de pensamento e de expressão;
IV - defender o livre exercício da profissão;
V - valorizar, honrar e dignificar a profissão;
VI - não colocar em risco a integridade das fontes e dos profissionais com quem trabalha;
VII - combater e denunciar todas as formas de corrupção, em especial quando exercidas com o objetivo de controlar a informação;
VIII - respeitar o direito à intimidade, à privacidade, à honra e à imagem do cidadão;
IX - respeitar o direito autoral e intelectual do jornalista em todas as suas formas;
X - defender os princípios constitucionais e legais, base do estado democrático de direito;
XI - defender os direitos do cidadão, contribuindo para a promoção das garantias individuais e coletivas, em especial as das crianças, adolescentes, mulheres, idosos, negros e minorias;
XII - respeitar as entidades representativas e democráticas da categoria;
XIII - denunciar as práticas de assédio moral no trabalho às autoridades e, quando for o caso, à comissão de ética competente;
XIV - combater a prática de perseguição ou discriminação por motivos sociais, econômicos, políticos, religiosos, de gênero, raciais, de orientação sexual, condição física ou mental, ou de qualquer outra natureza".
Os Juramentos do Jornalista e Radialista
JURAMENTO DO JORNALISTA
“ Juro exercer a função de jornalista, assumir o compromisso com a verdade e a informação. Atuar dentro dos princípios universais de justiça e democracia, garantir principalmente o direito do cidadão à informação. Buscar o aprimoramento das relações humanas e sociais, por meio da crítica e análise da sociedade, visar um futuro mais digno e mais justo para todos os cidadãos brasileiros. Assim eu juro”.
JURAMENTO DO RADIALISTA
“Juro pautar minha conduta profissional observando sempre os meus deveres de cidadania, independente de crenças, raças ou ideologias, contribuindo para que meu trabalho seja um instrumento de controle e orientação útil , eficaz para o desenvolvimento da sociedade e o progresso do país. Prometo dignificar minha profissão , consciente de minhas responsabilidades legais , observar o código de ética, objetivando o aperfeiçoamento desta profissão e grandeza do homem da pátria. Faço tais promessas solenemente, livremente sob minha palavra de honra. Assim eu juro”.
Minha verdadeira vocação é o amor
Um dos direitos do comunicador social está a liberdade de imprensa. E enquanto ser humano a liberdade de expressão. Em ambas me vejo e tomo posse: Esta é a minha vocação, minha verdadeira missão neste mundo! Não preciso estar na mídia, empregada em uma grande emissora para me sentir jornalista. Não preciso provar para ninguém, muito menos para alguns "coleguinhas" arrogantes, minhas capacidades enquanto profissional. Independentemente da minha colocação no mercado, nasci com o dom de ser jornalista. Me visualizei jornalista. Me qualifiquei jornalista. E minhas mensagens, escritos, voz e imagem, irá se perpetuar na história da comunicação brasileira. Assim me defino e isso me basta! Assim é o sinônimo de Deus em mim, assim é o amor!
REFERÊNCIAS