BIOLAVAGEM – “AMIGOS DA ÁGUA”
O processo de lavagem a seco, ecologicamente correto, está conquistando cada vez mais adeptos em todo o Distrito Federal. A ideia partiu do administrador do Sudoeste/Octogonal Nilo Cerqueira, que está tentando conscientizar a população sobre o uso da água na lavagem automotiva. Entre os erros mais graves dos lavadores de carros está o de ocuparem área pública, sublocarem energia e água e agredirem o meio ambiente.
A administração do sudoeste, juntamente com a equipe amigos da água, entregou para a secretaria de Ordem Pública, uma minuta de decreto para a criação da profissão de lavador de carro e flanelinha e a proibição de lavagem de carro convencional. O microcrédito é até de 11 mil reais, o cadastro é feito pela secretaria do trabalho. Até agora foram 50 donos sudoeste/octogonal.
O projeto já está pronto e se estiver à aprovação do GDF vai valer em todo o DF.
Os donos de lava a jato não são obrigados a mudarem para o novo sistema, não tem nada imposto.
Marco Antônio proprietário do DF Lava a jato móvel está trabalhando há 16 dias com o novo sistema de lavagem a seco. “ Agente era muito perseguido nos lava a jatos. Eu trabalhei com lavagem de carro a base de água 8 anos atrás. Mas agora com a lavagem a seco, os clientes estão adorando”. Marco Antônio comprou o kit de lavagem a seco por R$ 470 reais. Ele já tinha uma combi e agora possui toda a linha dos produtos biodegradáveis para atender sua clientela na Asa Norte, Asa Sul e Lago Norte.
O administrador Nilo Cerqueira do Sudoeste/Octogonal líder do movimento “Amigos da Água”, juntamente com a equipe da sua administração e a associação dos lavadores de veículos, tem um grande desafio ambiental: trabalhar a questão da consciência de lavagem a seco e da economia de água em todo o Distrito Federal. Depois de um trabalho de seis anos, eles conseguiram encontrar a fórmula (à base de cera de carnaúba e silicone) que possibilitou que os lava a jatos continuassem nas ruas sem poluir o meio ambiente e sem ocupar, de forma irregular, as áreas públicas da cidade.
Duas leis que caíram no esquecimento da cidade por falta de uma política correta, agora estão dando condições para o trabalho de mudança na consciência ambiental da população. As leis Federal (6.242/75), Distrital (577/93) e um decreto (79.797/77) regulamentador da Lei Federal estão servindo de base para um projeto ambiental audacioso e revolucionário: transformar os lava jatos do Distrito Federal em lava jatos a seco.
Em apresentação do sistema de lavagem a seco, realizada no dia 21 de março no Parque da Cidade, durante as comemorações do Dia Mundial da Água, o governador José Roberto Arruda, aprovou o novo modelo. Como os resultados são muito melhores que a lavagem tradicional, com menor custo, a biolavagem vem como uma excelente solução.
O produto é fabricado em Ceilândia e registrado na Anvisa, pela empresa Mackerduz. A matriz fica no Rio Grande do Sul. Adejanir Vasconcelos, o gestor em Brasília, explica que o processo de lavagem a seco vai muito além da comercialização do produto. “Além de o carro permanecer limpo por muito mais tempo, as ceras protegem a pintura e o produto cria uma camada protetora que repele a sujeira do carro. Nosso interesse na lavagem a seco é conscientizar a população sobre a economia de água, nós estamos fazendo a nossa parte”. Adejanir também faz projeções em relação ao produto. “Com o passar do tempo nós vamos lançar nos supermercados. O produto virá com manual e não vai dar trabalho nenhum na aplicação.”
No exterior, por exemplo, os Estados Unidos só usam o sistema de lavagem a seco. Para o administrador Nilo Cerqueira, essa realidade já é possível. “O sistema de lavagem a seco é uma tendência mundial. Alguns shoppings de São Paulo e dois aqui de Brasília já estão usando o sistema de lavagem a seco”. Em algumas cidades dos Estados Unidos, a biolavagem já é muito usada nas garagens das casas.
Depois que proprietários de lava a jatos do Sudoeste, da Octogonal e do Cruzeiro começaram a operar com a forma ecologicamente correta despertaram a curiosidade de outros colegas de oficio das outras regiões como Asa Norte, Asa Sul e Lago Norte. “O objetivo agora é levar para todo o Distrito Federal a lavagem a seco”, acrescenta o administrador do Sudoeste Nilo Cerqueira.
A principal preocupação era manter os empregos dos proprietários e lavadores de veículos, em torno de 10 mil trabalhadores. Criou-se então junto a Secretaria de Trabalho um microcrédito para incentivar a participação de outros trabalhadores do setor. Durante uma ação de cadastramento, realizado na Administração do Sudoeste, mais de 50 donos de lava jato de rua se cadastraram para ter acesso ao incentivo. Todos receberam de kits de lavagem a seco para começarem a atuar com a lavagem ecológica e dar o exemplo para o Distrito Federal. A Polícia Militar também foi procurada para mostrar a novidade que pode revolucionar a consciência sobre o manuseio da água na cidade. A corporação está analisando o método a seco e pode aderir, em breve, o movimento, assim como todos os órgãos de Governo.
Segundo Nilo Cerqueira, a biolavagem automotiva trará uma economia de quatro bilhões de litros de água por ano no DF. O dado leva em conta a frota de veículos cadastrada no Detran, cerca de 1 milhão de veículos. “Se um lava jato gasta cerca de 80 litros de água para lavar um carro e se este carro é lavado pelo menos uma vez por semana, o desperdício é de 320 litros de água por mês. E se toda a frota do DF, que é de 1 milhão e 60 mil de veículos, for considerada neste processo? O desperdício será de 320 milhões de litros de água”. Para o administrador do Sudoeste a economia de água vai dar para abastecer uma cidade de 80 mil habitantes em um ano. “Se multiplicarmos por doze meses, o desastre ecológico é impressionante: chega a quatro bilhões de litros por ano. Será que não precisamos fazer alguma coisa para frear esse crime ambiental”. Alerta Nilo.
Para o subgerente Júlio César, do posto de gasolina São Matheus da rede Ipiranga, o sistema de lavagem a seco vai ser a solução para a economia de água. “Todos os postos de lava a jatos desperdiçam muita água, principalmente os de lavagem com espuma. Com este novo sistema chegando, nós estamos dispostos a contribuir.” Júlio César só reclama que a lavagem a seco não está sendo muito divulgada para os proprietários de postos de gasolina com lavagem de carros. “Porque eles não divulgaram mais. Eu pensei que a lavagem a seco fosse só para os lava a jatos autônomos.”
Por enquanto os postos de gasolina não serão fiscalizados porque, em tese, eles estão regulares e dispõe de alvará de funcionamento. Em breve o GDF deverá assinar um decreto e nele pode conter a proibição da lavagem convencional em postos de gasolina também.
A proposta deste novo tipo de lavagem põe um fim em diversas questões que eram pautas constantes, como a ocupação de área pública e a poluição ambiental, pois os novos produtos são feitos de componentes biodegradáveis e não poluem o meio ambiente. Além disso, os lava jatos serão dotados de equipamentos portáteis. Eles poderão atender os clientes de forma delivery com uma moto adaptada, bicicleta ou mesmo a pé. Todo o material do kit a seco pode ser transportado em um pequeno carrinho, o que torna mais fácil o trabalho dos lavadores.
Nesta segunda-feira, 30 de março, a Associação dos Amigos da Água, em parceria com donos de kombis lava jato que aderiram à lavagem a seco com produtos biodegradáveis, estiveram na Terracap para apresentar o projeto da biolavagem ao presidente da empresa, Antônio Gomes e a sua diretoria. O objetivo foi comprovar à Terracap que o novo sistema é mais eficiente e mais econômico do que o sistema convencional que utiliza água. Sem contar que a biolavagem trás o conceito da preservação da água, cada vez mais escassa no mundo.
O pioneirismo em ações que mudam a população sempre foi uma das características mais marcantes de Brasília, foi assim com a questão dos fumantes e com a faixa de pedestres, e a iniciativa da Biolavagem automotiva é mais uma delas. Introduzida inicialmente nos lava jatos do Sudoeste e Octogonal, esse novo projeto promete acabar com grande parte do desperdício de água no Distrito Federal. Abraçando a causa, o movimento Amigos da Água liderado por Nilo Cerqueira, vem trabalhando para apresentar esse novo modelo de lavagem automotiva, quebrando o paradigma da população de que carro se lava com água.
A possibilidade de gerar uma grande economia de água, aliada a preocupação ambiental, vem como uma solução de grande impacto em nossa cidade, já que o modelo utiliza apenas produtos biodegradáveis. A luta agora nesta fase é de convencer todo o Governo do Distrito Federal a adotar a biolavagem, dando o bom exemplo à população. Uma minuta de decreto que regulamenta a lei Distrital (577/93), está em análise na área jurídica do Governo e há a possibilidade de, em breve, o governador Arruda assinar o documento que criará a profissão do lavador autônomo de veículos.
Por
Fhran
Miranda
Jornalista/Radialista
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Gratidão.
Atenciosamente,
Fhran Miranda
Jornalista Blogueira, radialista, escritora,
assessora de imprensa/política, MC-Mestre de Cerimônia Bilíngue, repórter,
produtora, redatora, editora de texto, locutora, apresentadora de programas de
Rádio e TV, documentarista, cineasta, atriz de dublagem, cantora, entre
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